Diferenças significativas foram encontradas na comparações de bebés com cólica e crianças que não choram excessivamente, como por exemplo aumento do tônus muscular, a frequência cardíaca durante as mamadas, a facilidade de adormecer e solidez do sono, os padrões de fezes, contração pós-prandial da vesícula biliar e outras. No entanto, têm-se mostrado que nenhuma destas descobertas demonstraram ser mais do que epifenômenos, não proporcionando base para o sucesso do tratamento em 90% ou mais dos bebés com síndrome cólica.
Por outro lado, não foram encontradas diferenças entre bebés com cólica e bebés sem cólicas no que diz respeito aos tempos de trânsito gastrointestinal, antitripsina fecal de alfa-1, ou de gás intraluminal ou flatulência.
A evidência atual sugere que o choro associado à cólica é um comportamento com origem no sistema nervoso central, em vez do intestino. Verificou-se que bebés com cólicas têm diferentes características de temperamento. Outra hipótese para a gênese da cólica é baseada nas diferenças de reatividade dos bebés (ou seja, a excitabilidade e/ou as respostas comportamentais fisiológicas e respostas a estímulos) e na capacidade inerente de auto controle e regulação das respostas a estímulos e a procedimentos suaves aplicados externamente.